segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Encontrei o amor, ele se chama Pedro

Quem diria que aquela menina estranha encontraria o seu par, a sua metade, o seu amor da vida inteira? Quando eu iria imaginar, em meados de 2010, que aquele garoto que morava no meu computador iria se mudar pra minha vida real? Mas veja só, eu o encontrei, ele me encontrou e aqui estamos. As dúvidas de antes do encontro foram todas dissolvidas no momento em que olhei naqueles olhos verdes, no instante em que, ainda dentro no táxi, nos beijamos com o desejo reprimido por 3 longos anos. 
Nos dias que passamos juntos, parecia tudo um sonho, uma realidade paralela à minha, e por todos os dias eu fiquei alheia a qualquer outra realidade que não existisse ele do meu lado, eu cheguei a acreditar piamente que aquele momento não ia acabar nunca. Mas a verdade é que moramos em cidades muito distantes, e ao final dos 16 dias, essa verdade veio e me arrasou, sem nenhuma dó. Lá no aeroporto, quando ele seguiu pra fila de embarque, eu senti uma dor me dilacerando, não conseguia controlar as lágrimas, por que ele estava longe dos meus braços? A falta do abraço foi imediata, pensei em correr até lá, mas me contive. E a volta pra casa foi igualmente difícil, me emocionou o cuidado e a delicadeza com que o taxista tentou me consolar (que por sinal também chamava-se Pedro), falando um pouco sem jeito de como a vida tinha dessas coisas, sim, a vida... "Aguente firme, mocinha" "Reze pra que quando casarem, nenhum dos dois arrume emprego que precise viajar..." Pode deixar que eu to rezando, Seu Pedro. Não quero ter que me separar assim do meu amor nunca mais, não aguento tantas despedidas iguais a essa. Só hoje eu consegui trocar os lençóis da cama, as toalhas, só hoje consegui vestir de novo a roupa que usei no dia do aeroporto, sem medo de que o cheiro que ele deixou sumisse, pois eu percebi que não preciso temer a distância, não tenho motivos pra me apegar só ao cheiro, porque ele é todinho meu! Eu me dei conta de que, por mais dolorosa que seja a separação, ela não é pra sempre. Não foi um adeus, foi um até logo. Foi um até junho. A dor da saudade é temporária, mas a felicidade de termos um ao outro é permanente. 
"Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer, pois todos os caminhos me encaminham pra você".
Te amo com todo o meu coração, Pedro Henrique Ribeiro Torres.