Hoje em dia todo mundo sabe o que é o bullying. É um dos assuntos mais comentados na atualidade. O bullying é um problema sério, e não dá pra encará-lo com leveza e tranquilidade. Milhares de crianças e adolescentes sofrem ameaças, deboches, e até mesmo agressões físicas dentro das escolas. Não é difícil encontrar casos em que a vítima simplesmente tenha desistido da vida. O suicídio lhes parece a última saída naquela situação tão arrasadora.
Geralmente, esses abusos são direcionados a crianças tímidas, porque o agressor se sente mais seguro e tem certeza de que não será delatado. Aí é onde mora o problema. Os professores não percebem, os pais não percebem, ou se percebem, fingem que não estão vendo, acham que é normal, “coisa da idade”, e a vítima não tem segurança o suficiente para contar o que está acontecendo. Torna-se uma criança frustrada, infeliz, e incapaz de se socializar. Vive com medo e, por isso, em alguns casos, decide desistir.
A nossa escola é pequena e pouco numerosa, mas mesmo assim nós, alunos, não percebemos alguns casos de bullying que acontece por aqui. Estamos ocupados demais nos preocupando com nossas próprias vidas. E não enxergamos o que está ao nosso redor. Eu, particularmente, nunca achei que um ato desses, de tal covardia, viesse a acontecer no nosso convívio escolar. Para mim, ainda é inacreditável. Mas sim, caro leitor, acontece. Apesar dos pouquíssimos alunos que aqui estudam, e da atenta supervisão dos que aqui trabalham, já aconteceu alguns casos absurdos.
E quando você fica sabendo de um caso de agressão física, por exemplo, de um aluno contra o outro, sem que a vítima tenha a menor chance de se defender, você fica abismada, com raiva, com vontade de fazer justiça. E fica pensando “Quem dera eu estivesse lá naquele momento, só para poder defendê-lo”. Porque é esse o sentimento que o bullying desperta em mim: uma vontade avassaladora de proteger a vítima. Infelizmente eu não posso proteger a todos, mas se mais e mais pessoas cultivassem o mesmo pensamento e lutasse contra essa covardia, a vida desses jovens poderia mudar e trilhar um caminho de louvor.
Se você presenciar alguma agressão na sua escola, não se cale, não seja omisso. Meta-se na confusão e ajude quem está sendo agredido. Seja amigo, converse, ofereça toda a sua compreensão. Talvez você seja a última chance para ela.
(Texto escrito para o Jornal da Escola)