quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bullying


Hoje em dia todo mundo sabe o que é o bullying. É um dos assuntos mais comentados na atualidade. O bullying é um problema sério, e não dá pra encará-lo com leveza e tranquilidade. Milhares de crianças e adolescentes sofrem ameaças, deboches, e até mesmo agressões físicas dentro das escolas. Não é difícil encontrar casos em que a vítima simplesmente tenha desistido da vida. O suicídio lhes parece a última saída naquela situação tão arrasadora.

Geralmente, esses abusos são direcionados a crianças tímidas, porque o agressor se sente mais seguro e tem certeza de que não será delatado. Aí é onde mora o problema. Os professores não percebem, os pais não percebem, ou se percebem, fingem que não estão vendo, acham que é normal, “coisa da idade”, e a vítima não tem segurança o suficiente para contar o que está acontecendo. Torna-se uma criança frustrada, infeliz, e incapaz de se socializar. Vive com medo e, por isso, em alguns casos, decide desistir.
A nossa escola é pequena e pouco numerosa, mas mesmo assim nós, alunos, não percebemos alguns casos de bullying que acontece por aqui. Estamos ocupados demais nos preocupando com nossas próprias vidas. E não enxergamos o que está ao nosso redor. Eu, particularmente, nunca achei que um ato desses, de tal covardia, viesse a acontecer no nosso convívio escolar. Para mim, ainda é inacreditável. Mas sim, caro leitor, acontece. Apesar dos pouquíssimos alunos que aqui estudam, e da atenta supervisão dos que aqui trabalham, já aconteceu alguns casos absurdos.
E quando você fica sabendo de um caso de agressão física, por exemplo, de um aluno contra o outro, sem que a vítima tenha a menor chance de se defender, você fica abismada, com raiva, com vontade de fazer justiça. E fica pensando “Quem dera eu estivesse lá naquele momento, só para poder defendê-lo”. Porque é esse o sentimento que o bullying desperta em mim: uma vontade avassaladora de proteger a vítima. Infelizmente eu não posso proteger a todos, mas se mais e mais pessoas cultivassem o mesmo pensamento e lutasse contra essa covardia, a vida desses jovens poderia mudar e trilhar um caminho de louvor.

Se você presenciar alguma agressão na sua escola, não se cale, não seja omisso. Meta-se na confusão e ajude quem está sendo agredido. Seja amigo, converse, ofereça toda a sua compreensão. Talvez você seja a última chance para ela.
(Texto escrito para o Jornal da Escola)

Amor


 Quem foi que disse que seria simples amar e ser amado? E quem foi que disse que seria fácil definir o amor? É impossível defini-lo. O amor se apresenta de formas diferentes para cada pessoa. E se torna cada vez mais e mais complexo. É muito fácil amar alguém lindo, que tenha diversas qualidades, seja gentil, inteligente e amoroso. Mas os brutos também amam, já dizia a bela frase. E quem é que vai se prontificar a amar um bruto? Será que quando estamos num relacionamento, amamos a pessoa em si ou a sua aparência? Parem para refletir um pouco: e se o seu namorado(a) tivesse o nariz muito torto? Ou se lhe faltasse uma das pernas? Ou quem sabe um dos dedos? E se ele não fosse perfeito fisicamente? Você ainda o amaria do mesmo jeito? Ainda sentiria o mesmo desejo que sente agora?

 É difícil dizer, não é mesmo? Mas não deveria ser. Se você o ama, o amará de qualquer jeito. Só que o cérebro não reage assim, simples e descomplicado, ele te avisa do preconceito, dos padrões de beleza, das dificuldades... E bem, você acaba desistindo da pessoa amada se ela não for aquilo que a sociedade espera. E quem é que ainda acredita em amor eterno? Isso só existe nos contos de fadas e na casa dos seus avós. Não no mundo dos adolescentes. É comum você encontrar um casal de pouca idade, 15, 16 anos, por exemplo, que se julgam apaixonados e decidem que vão viver felizes para sempre.Mas as coisas não são tão simples assim, o amor não é simples, a convivência não é simples, os relacionamentos não são simples, a vida não é simples. Eu não estou querendo ser a “estraga-prazeres” dos pombinhos enamorados, quando se está namorando, é claro que nós podemos sonhar com um futuro com aquela pessoa, é esse o objetivo maior de nós assumirmos um compromisso com ela, afinal. Só que é preciso que enxerguemos a realidade para não sofrermos demais.

 O amor é sublime, é algo que está além da nossa compreensão, é um sentimento superior, é belo. Se você, mesmo depois de alguns meses ou anos, ainda ansiar por uma pessoa do mesmo jeito que ansiava no início, se você ainda fica meio nervosa só em ligar para ela, se ainda não consegue tirá-la da cabeça mesmo com esse tempo de relacionamento, e sente uma saudade tão brusca que chega a doer no peito, e tem vontade de chorar por querer estar abraçado a ela e não poder... Bem, se você sente isso, boa sorte, você pode ter encontrado o amor. Saiba cuidar dele, porque do mesmo jeito que aparece, pode sumir. Só depende de nós mesmos. Porque o amor também é saber ceder um pouco, eu aqui, você aí, e assim vamos caminhando. Ninguém é tão compatível com outra pessoa a ponto de não ter problemas.

 É por isso que cada um precisa ser um pouquinho flexível, e deixar que algumas frustrações passem batido. Amor também é companheirismo, nós esperamos que os nossos parceiros se preocupem com a gente, e que encare o nossos problemas como se fossem deles também, que tomem nossas desavenças como suas, e que sempre estejam ao nosso lado. Dentre tantas definições, de um amor indefinido, qual você toma para si? É melhor começar a observar melhor ao seu redor, às vezes, ele está bem ao seu lado, muito perto, olhando para você.