sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A busca pelo futuro

 Durante toda a nossa vida, nós procuramos uma só coisa: a felicidade. O que traz esse sentimento para cada um de nós é que se difere; e a isso nós demos o nome de “sonhos”. Objetivos de vida, metas a serem cumpridas. O que é preciso para realizar um sonho? Qual caminho seguir? Trabalhar duro ou deixar que a sorte nos guie sempre? 
 Para atingir um objetivo, nós precisamos ralar. Correr atrás daquilo que nos interessa. Porque as coisas dificilmente vão vir até você. Ficar sentado não ajuda, jogar na loteria toda semana também não. É preciso que tenhamos garra e força de vontade para conseguirmos ocupar algum lugar na sociedade. 
 É certo que existem dois caminhos em nossas decisões: o certo e o errado. Provavelmente, o errado sempre vai ser o mais fácil, e também o mais atraente. Mas também é provável que o caminho certo seja o que nos mantenha realizados por mais tempo. E vamos admitir, conseguir algo facilmente não é lá muito interessante. Lutar por algo que queremos muito é o que nos instiga a seguir em frente. 
 Mas geralmente, nós temos a sensação de que a vida não é justa. Como explicar alguém, que nunca fez nada na vida, conseguir um espaço na mídia ou no comércio e se tornar rico e influente enquanto a maioria das pessoas batalha todos os dias para ganhar somente um salário mínimo no fim do mês? À que atribuímos coisas assim? À sorte. O problema é que a sorte é incerta demais pra confiarmos nela. E mesmo os que a têm, caso não sejam sábios e cautelosos, perderão o espaço que conseguiram numa fração de segundos. 
 O mundo gira e se modifica o tempo todo. Precisamos estar sempre atentos às novas coisas que vão surgindo, novas oportunidades, novos horizontes, tudo! Porque enquanto você se distrai, existe alguém passando à sua frente. Por exemplo, ingressar numa Universidade depende exclusivamente de nós mesmos e de nossos esforços, somos nós que precisamos estudar, e enquanto não o fazemos, outras pessoas estão se dedicando a isso; e aí são elas que vão realizar seus sonhos e cumprir suas metas: as que se esforçam.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bullying


Hoje em dia todo mundo sabe o que é o bullying. É um dos assuntos mais comentados na atualidade. O bullying é um problema sério, e não dá pra encará-lo com leveza e tranquilidade. Milhares de crianças e adolescentes sofrem ameaças, deboches, e até mesmo agressões físicas dentro das escolas. Não é difícil encontrar casos em que a vítima simplesmente tenha desistido da vida. O suicídio lhes parece a última saída naquela situação tão arrasadora.

Geralmente, esses abusos são direcionados a crianças tímidas, porque o agressor se sente mais seguro e tem certeza de que não será delatado. Aí é onde mora o problema. Os professores não percebem, os pais não percebem, ou se percebem, fingem que não estão vendo, acham que é normal, “coisa da idade”, e a vítima não tem segurança o suficiente para contar o que está acontecendo. Torna-se uma criança frustrada, infeliz, e incapaz de se socializar. Vive com medo e, por isso, em alguns casos, decide desistir.
A nossa escola é pequena e pouco numerosa, mas mesmo assim nós, alunos, não percebemos alguns casos de bullying que acontece por aqui. Estamos ocupados demais nos preocupando com nossas próprias vidas. E não enxergamos o que está ao nosso redor. Eu, particularmente, nunca achei que um ato desses, de tal covardia, viesse a acontecer no nosso convívio escolar. Para mim, ainda é inacreditável. Mas sim, caro leitor, acontece. Apesar dos pouquíssimos alunos que aqui estudam, e da atenta supervisão dos que aqui trabalham, já aconteceu alguns casos absurdos.
E quando você fica sabendo de um caso de agressão física, por exemplo, de um aluno contra o outro, sem que a vítima tenha a menor chance de se defender, você fica abismada, com raiva, com vontade de fazer justiça. E fica pensando “Quem dera eu estivesse lá naquele momento, só para poder defendê-lo”. Porque é esse o sentimento que o bullying desperta em mim: uma vontade avassaladora de proteger a vítima. Infelizmente eu não posso proteger a todos, mas se mais e mais pessoas cultivassem o mesmo pensamento e lutasse contra essa covardia, a vida desses jovens poderia mudar e trilhar um caminho de louvor.

Se você presenciar alguma agressão na sua escola, não se cale, não seja omisso. Meta-se na confusão e ajude quem está sendo agredido. Seja amigo, converse, ofereça toda a sua compreensão. Talvez você seja a última chance para ela.
(Texto escrito para o Jornal da Escola)

Amor


 Quem foi que disse que seria simples amar e ser amado? E quem foi que disse que seria fácil definir o amor? É impossível defini-lo. O amor se apresenta de formas diferentes para cada pessoa. E se torna cada vez mais e mais complexo. É muito fácil amar alguém lindo, que tenha diversas qualidades, seja gentil, inteligente e amoroso. Mas os brutos também amam, já dizia a bela frase. E quem é que vai se prontificar a amar um bruto? Será que quando estamos num relacionamento, amamos a pessoa em si ou a sua aparência? Parem para refletir um pouco: e se o seu namorado(a) tivesse o nariz muito torto? Ou se lhe faltasse uma das pernas? Ou quem sabe um dos dedos? E se ele não fosse perfeito fisicamente? Você ainda o amaria do mesmo jeito? Ainda sentiria o mesmo desejo que sente agora?

 É difícil dizer, não é mesmo? Mas não deveria ser. Se você o ama, o amará de qualquer jeito. Só que o cérebro não reage assim, simples e descomplicado, ele te avisa do preconceito, dos padrões de beleza, das dificuldades... E bem, você acaba desistindo da pessoa amada se ela não for aquilo que a sociedade espera. E quem é que ainda acredita em amor eterno? Isso só existe nos contos de fadas e na casa dos seus avós. Não no mundo dos adolescentes. É comum você encontrar um casal de pouca idade, 15, 16 anos, por exemplo, que se julgam apaixonados e decidem que vão viver felizes para sempre.Mas as coisas não são tão simples assim, o amor não é simples, a convivência não é simples, os relacionamentos não são simples, a vida não é simples. Eu não estou querendo ser a “estraga-prazeres” dos pombinhos enamorados, quando se está namorando, é claro que nós podemos sonhar com um futuro com aquela pessoa, é esse o objetivo maior de nós assumirmos um compromisso com ela, afinal. Só que é preciso que enxerguemos a realidade para não sofrermos demais.

 O amor é sublime, é algo que está além da nossa compreensão, é um sentimento superior, é belo. Se você, mesmo depois de alguns meses ou anos, ainda ansiar por uma pessoa do mesmo jeito que ansiava no início, se você ainda fica meio nervosa só em ligar para ela, se ainda não consegue tirá-la da cabeça mesmo com esse tempo de relacionamento, e sente uma saudade tão brusca que chega a doer no peito, e tem vontade de chorar por querer estar abraçado a ela e não poder... Bem, se você sente isso, boa sorte, você pode ter encontrado o amor. Saiba cuidar dele, porque do mesmo jeito que aparece, pode sumir. Só depende de nós mesmos. Porque o amor também é saber ceder um pouco, eu aqui, você aí, e assim vamos caminhando. Ninguém é tão compatível com outra pessoa a ponto de não ter problemas.

 É por isso que cada um precisa ser um pouquinho flexível, e deixar que algumas frustrações passem batido. Amor também é companheirismo, nós esperamos que os nossos parceiros se preocupem com a gente, e que encare o nossos problemas como se fossem deles também, que tomem nossas desavenças como suas, e que sempre estejam ao nosso lado. Dentre tantas definições, de um amor indefinido, qual você toma para si? É melhor começar a observar melhor ao seu redor, às vezes, ele está bem ao seu lado, muito perto, olhando para você.


segunda-feira, 14 de março de 2011

Relacionamentos amorosos


Qual é o segredo? O que faz com que duas pessoas dêem tão certo uma com a outra? Ou que dêem tão errado? Nós sempre falamos, falamos, falamos do que nos atrai, do que gostamos, com qual personalidade nos identificamos e essas coisas, mas na real, quando nós nos apaixonamos pra valer, não lembramos de nada disso. Você bate o olho e a magia acontece.

E não há o que você possa fazer. Podemos afirmar com toda a convicção do mundo que só nos interessamos por pessoas cultas e inteligentes, mas aí nos apaixonamos por um ignorante, e na ignorância iremos ficar. Eu, particularmente, posso dizer que me apaixonei pouquíssimas vezes. Não suporto a fase pós-paixão, onde tudo é lindo, todo mundo se ama e já pensam em casar. Eu gosto mesmo é da conquista, dos flertes.

Daquela sensação de indefinido, do descaso, do tanto faz. É muito bom ser conquistada, mas é melhor ainda conquistar alguém. E eu adoro desafios. Quanto mais difícil, mais instigante é para mim. É preciso que essa fase de conquista seja muito boa pra que a fase pós valha a pena. Mas não é porque eu seja assim que eu não possa admirar quem consegue manter um relacionamento duradouro, eu admiro muito. Eu acho lindo.

Mas eu não sei o que é preciso fazer para se conseguir um. Eu tento, mas não consigo descobrir. Eis aí minhas qualidades: Sou legal, inteligente, brincalhona, extrovertida, beleza... Razoável. Não sou tão ruim assim, sou? Na verdade, sou sim. Será uma grande surpresa, para mim e para a nação, quando eu encontrar alguém que ature todos os meus defeitos e manias. Todas as minhas rabugices, e que saiba lidar com os meus surtos de intuição, eu sinto que a pessoa está diferente, e já acho que ela fez alguma coisa errada só porque eu senti, daí eu nem tenho certeza, e já parto pra briga haha

É preciso muita inteligência e habilidade para se ter alguém nas mãos. Não é fácil controlar outro ser humano. Talvez seja isso que me falte. Porque talvez eu NÃO queira controlar ninguém, justamente porque eu não quero ser CONTROLADA. Já pensou ter que mudar os seus horários, adequar sua rotina, ser obrigada a ter que fazer programinha a dois, mesmo quando você quer ficar sozinha, discutir relação, dar satisfação... Nossa!

Pensando assim, você não desiste de ter um relacionamento? É claro que tem o lado bom também, só que eu é que não estou a fim de falar dele. Estou certa, assim como o mundo vai acabar em 2012, que eu não terei um namorado tão cedo na minha vida. Reflitam.

domingo, 13 de março de 2011

Às portas da faculdade


E já se passou um mês desde que as aulas começaram. Eu estou no terceiro ano... Só que parece que minha ficha ainda não caiu. Como assim eu vou prestar vestibular esse ano? Como assim eu talvez vá morar em outra cidade, sozinha, provavelmente, e conviver com outras pessoas? Não dá pra acreditar. Não dá pra absorver que jajá eu sou maior de idade. MAIOR DE IDADE. Dona de mim? Exatamente. Livre, finalmente. Ou talvez não.

Não se enganem demais, mãe que é mãe sempre vai ter o controle sobre você, não importa que idade você tenha. A minha com certeza não vai parar de mandar em mim. Mas eu anseio pelo dia em que terei o meu próprio cantinho. Minhas coisas, minha TV, minha sala, minha cozinha... Ahhh! Nesse dia, eu acho que vou ser a pessoa mais feliz e realizada do mundo. Sempre foi o meu sonho, desde que aprendi a sonhar. Independência. A palavra soa como música nos meus ouvidos.

Mas, se eu quero mesmo tudo isso, se estou mesmo assim tão motivada, por que diabos eu não me concentro na escola? E não levo os meus estudos a sério? A mente adolescente é um incógnita para mim. Eu não consigo entender. É preciso se dedicar, senão, eu jamais realizarei esses sonhos. Eu prometo a mim mesma, todos os dias, que vou estudar mais. Só que eu também prometo que vou parar de tomar refrigerante, e bem, não é bem isso que acontece.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Um conto dedicado à Andrielly Rayssa.


É como diz o velho ditado: olhando de perto, nenhuma família é normal. O problema é que no meu caso, não era preciso nem observar tão de perto, bastava apenas prestar um pouco de atenção. Nós éramos muito diferentes. Extremamente exóticos. Minha mãe é uma bruxa, quer dizer, foi uma bruxa, ela morreu. Ela não fazia muito o gênero de “bruxinha boazinha”, na verdade, era adepta à magia negra. E acabou sendo morta pelos próprios demônios a quem apelava de joelhos praticamente todas as noites. É como o meu pai diz: nunca faça negócios com gente mais poderosa que você. Bem, o meu pai é exorcista. Você deve estar se perguntando por que um exorcista se envolveria com uma moça demoníaca. Simples: amor. É bastante improvável, mas foi exatamente isso que aconteceu, numa das sessões de exorcismo que meu pai frequentava, ele conheceu a bela Charlotte. Detalhe: ela estava sendo exorcizada. Mas minha mãe jurou até o último ano de sua vida que nunca foi possuída, e que todo aquele “espetáculo que os padres armaram” foi puro exagero. A mãe dela, minha avó, a pegou praticando bruxaria e ficou desesperada, então, a levou imediatamente à Igreja, por mais que a filha alegasse está em sã consciência. E na verdade, ela estava mesmo, minha mãe conversava com os demônios, mas nunca fora invadida por nenhum deles, as pessoas que passam por essa experiência não costumam sobreviver após o exorcismo. E agora eu, Melanie StandFord, estou prestes a completar 15 anos de idade. Mas não se engane, não há nenhuma tradição de família que confirme que eu vá ser tão estranha quanto os meus pais. Isso só acontece na Disney. Eles eram assim por opção. A questão é que o meu pai, tão moderno e futurista, quer fazer a minha maldita festa de debutantes. Eu já cansei de falar pra ele que não tenho amigos o suficiente, não tenho um príncipe com o qual eu possa dançar a maldita dança, ou seja, não tenho os requisitos. Esse é o meu jeito particular de ser estranha. Mas ele insiste no assunto, diz que era o sonho da minha mãe. Como assim uma bruxa pode cultivar sonhos tão primitivos? É contraditório a tudo o que nós somos. Perdão, ao que eles são. Os dias passaram quase a mil por hora, tudo conspirava para que o dia mais temido da minha vida se aproximasse cada vez mais. Já que eu não tinha amigos, o meu pai pediu ajuda de uma professora para saber quem eram os meus colegas de classe e convidá-los para a festa. Eu fiz questão de ficar calada e longe de qualquer informação, quanto menos eu soubesse, menos aflita eu ficaria. Mas de uma coisa eu tinha certeza: Eliot seria convidado. Provavelmente não compareceria, mas ainda assim, seria convidado. E era o suficiente para eu ser linchada o resto do ano. Segundo a St.ª Carie McAdams, a todo-poderosa da escola, eu era terminantemente proibida de me aproximar do seu lindo namorado. Eu não sei por que ela tinha tanto medo de mim, a estranha que senta no fundão da sala, usa roupas pretas, e não conversa com ninguém. Que ameaça eu poderia significar para ela? E então, o grande dia chegou. Eu estava incrivelmente bizarra num vestido longo de corpo princesa. Eu dançaria com um primo distante. Família, afinal, serve pra alguma coisa. Eu tinha a total convicção que não haveria ninguém no salão de festas. Total. Mas quando anunciaram a minha entrada, e eu avistei o grande salão, fiquei estagnada. Chocada. Por Deus, todos os meus colegas estavam ali, quanto será que meu pai pagou pra eles virem até aqui? Eliot estava absurdamente lindo num smoking preto reluzente. Fiquei em transe por alguns minutos até que o meu primo de sardas nojentas me cutucou, quando vi a mão trêmula dele esticada para mim, tive a sensação de que ela já estava assim por algum tempo. Ele me conduziu até o centro, e nós dançamos ao som de uma valsa clichê qualquer. Eu não conseguia tirar os olhos de Eliot, e tinha a impressão de que ele também estava olhando para mim. Claro, como todos na festa, afinal, eu estava dançando. Mas ele me olhava de um jeito diferente. Eu quase não acreditei quando o vi andar em direção a mim. Diabos, o que ele estava fazendo? Carie iria me matar. Eu já podia avistá-la bufando, soltando fumaça pelas narinas. Ele aproximou-se de mim e fez um gesto cordial para que o meu primo lhe passasse a minha mão. Então nós dançamos. Eu olhei pro meu pai e ele estava sorrindo, como se entendesse o que estava acontecendo, como se tudo fosse premeditado. Bando de traíras. Eu olhei dentro dos olhos de Eliot, eles me devoravam, me hipnotizavam, eram lindos, e incrivelmente azuis. “O dia finalmente chegou, Melanie”, ele sussurrou no meu ouvido. Eu fiquei arrepiada dos pés à cabeça. Era como se eu reconhecesse aquela voz, não da escola, não das discussões, mas de algum outro lugar, algum lugar calmo e amoroso, ao qual eu não sabia onde ficava. “Parece que você está lembrando, minha pequena”, eu o olhei atordoada, tentando entender aquelas palavras sem sentido, e então flashes começaram a invadir minha mente, um casal feliz correndo em meio a muralhas, lembranças que não eram minhas. “Eu te esperei por muitos anos, muitos mesmo” E então Eliot me beijou. Um beijo suave e intenso. Num passe de mágica, tudo ficou claro na minha cabeça. Nosso amor, nossas vidas, minha morte. Meu assassinato, para ser mais justa. Eu fiquei um pouco tonta e quis desabar, mas Eliot me segurou firmemente, acho que ninguém percebeu. Então eu fechei os olhos e o beijei novamente. Mais lembranças me inundaram torrencialmente, eu fui assassinada por ciúmes. Agora eu compreendia tudo, principalmente o ódio que a Carie sentia de mim. E eu entendia também o porquê do meu pai fazer tanta questão dessa festa. A grande festa. Foi por causa dela que eu consegui entender que, não importa quantas vidas você viva, o verdadeiro amor nunca morre, nunca passa e jamais é esquecido. Porque ele está marcado na alma, e não na matéria.